Alisson se consolida após reinvenção de Dorival e ganha coro por seleção

Anderson Souza

(UOL/FOLHAPRESS) – Alisson se transformou em dois anos no São Paulo. Ele chegou ao clube como meia-atacante, foi recuado e se encontrou como volante sob o comando de Dorival Jr. Hoje, encanta Zubeldía e já conta com “lobby” de Calleri por uma vaga na seleção brasileira.

Siga nosso Instagram @blogdoandersonsouza

PUBLICIDADE

Alisson continua se destacando mesmo com as trocas no comando e se consolidou com o novo treinador. O jogador de 30 anos participou de oito das nove partidas com Zubeldía.

 A única ausência ocorreu quando o time encarou o Águia, em Belém, pela ida da terceira fase da Copa do Brasil.

Ele só não foi titular em um jogo que esteve à disposição do técnico argentino — justamente contra o time paraense, mas no duelo de volta. Em todos os outros compromissos, atuou durante 90 minutos e impressionou. Na última quarta (29), Alisson foi novamente um dos melhores em campo na vitória são-paulina diante do Talleres, que confirmou a classificação em primeiro do grupo na Libertadores.

As atuações renderam elogios de Zubeldía. O comandante exaltou a reinvenção do atleta ainda na “era Dorival” e destacou a importância do hoje 2º volante em campo. Em outros times e até em seu início no Tricolor, Alisson jogou como ponta e meia-atacante.

“Creio que é um bom acerto de Dorival com a reinvenção do Alisson. Ele faz um trabalho tático, sobretudo no último terço ocupando espaços intersetoriais com Bobadilla, muito importante. Tratamos de trabalhá-lo muito para que as expectativas de gols dos adversários sejam menores e estamos conseguindo. Exige muita concentração e ele está indo muito bem”, disse Zubeldía.

Os companheiros também se rendem a Alisson, e Calleri até fez lobby por uma vaga na seleção brasileira. Após o jogo, o atacante argentino “invadiu” a entrevista de Alisson e pediu a convocação do meio-campista para o técnico da seleção, Dorival — que, coincidência ou não, é o ex-comandante responsável por toda a mudança.

“Craque, craque. É seleção. Dorival, chama ele”, disse Calleri.
Alisson já revelou que a mudança de posição surgiu após conversa com a comissão técnica de Dorival. Ao UOL, o jogador contou que disse não estar confortável em jogar no ataque, mas que se surpreendeu com o novo posicionamento. Nem ele esperava que daria tão certo.

“Eu confesso que nunca imaginei jogar como segundo volante. Isso tudo nasceu em uma conversa que tive com o Lucas Silvestre [filho e auxiliar de Dorival]. Falei pra ele que não estava me sentindo confortável jogando como atacante. Expliquei que eu não tenho a característica do drible, do um pra um, e que sabia que o elenco tinha jogadores mais qualificados para isso”, disse Alisson ao UOL após o título da Copa do Brasil de 2023.

PUBLICIDADE

“No dia seguinte, Dorival montou duas equipes e me colocou de volante no time alternativo. (…) Os dois viram em mim algo que nem eu vi. Nem eu sabia que poderia contribuir tanto assim”, disse Alisson.

 

Compartilhe esta notícia
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.