Senadora Daniella Ribeiro quer vender sangue dos brasileiros a estrangeiros

Anderson Souza
Foto: Reprodução

A senadora e médica Zenaide Maia (PSD-RN) manifestou-se contrária à PEC 10/2022, que autoriza a comercialização de plasma humano no Brasil, em uma entrevista concedida à imprensa da Paraíba nesta segunda-feira (18). A proposta, que tem como relatora a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB),e que permite a venda de plasma humano para o desenvolvimento de novas tecnologias e produção de medicamentos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em seu relatório, Daniella Ribeiro muda o entendimento da PEC para permitir a venda de sangue no Brasil.

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Segundo Zenaide Maia, a venda de plasma humano beneficiaria apenas as empresas que transformam essa matéria-prima em produtos de alto valor agregado, como a albumina humana e a imunoglobulina, sem garantir que esses produtos sejam acessíveis à população brasileira. Além disso, ela alertou que os doadores de plasma deixariam de doar sangue integral, o que comprometeria o abastecimento de plaquetas e hemácias, que são usadas no tratamento de pacientes com câncer, anemia e outras doenças.

“O sangue dos brasileiros e das brasileiras não é mercadoria. É um gesto de solidariedade, de amor ao próximo. A maioria dos doadores nem sabe para quem vai o seu sangue. Eles doam porque sabem que estão salvando vidas. Com a comercialização do plasma, vamos perder essa cultura e prejudicar milhares de pessoas que dependem das transfusões de sangue”, afirmou.

A senadora do PSD do Rio Grande do Norte defendeu ainda que o governo federal invista na melhoria da infraestrutura das Hemorredes, da Hemobrás e dos Hemocentros, que são responsáveis pela coleta, processamento e distribuição do sangue no país. Ela disse que é favorável ao avanço científico e tecnológico na área da saúde, mas não à custa da vida humana.

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