Ranking nacional classifica prefeitura de João Pessoa como 3ª pior gestão do País

Anderson Souza
Foto: Reprodução

Estudo realizado nacionalmente pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) revela que a prefeitura de João Pessoa é a 3ª pior administração em gestão fiscal entre as capitais do Brasil. O Índice Firjan de Gestão Fiscal, como é denominado o ranking elaborado pelos técnicos da entidade, apontam a gestão pessoense numa situação considerada difícil, fruto da pontuação 0,5 na avaliação realizada. O índice foi divulgado no Brasil pelo Jornal O Globo.

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Os resultados deste indicador fizeram com que o deputado federal Ruy Carneiro alertasse os órgãos de controle da Paraíba para a situação em que se encontra a administração municipal.

“A grave situação de João Pessoa em relação ao equilíbrio das contas públicas expõe mais uma vez no cenário nacional os diversos problemas da atual gestão”, afirma Ruy. “É por esta razão que temos visto o abandono do sistema de ônibus, dos postos de saúde, das escolas e dos mercados públicos, enquanto aumenta a quantidade de cargos ocupados por parentes e amigos do prefeito”, observa.

Ruy acrescenta que a posição negativa de João Pessoa no índice prejudica a geração de emprego e renda: “Ao ser apontada como a terceira pior capital do país em gestão fiscal, a Prefeitura afasta ainda mais os investidores e torna a cidade menos atrativa para o empreendedorismo”.

O deputado acredita que a má administração também acaba sendo refletida nos péssimos serviços prestados à população. “Infelizmente, esse descontrole dos gastos públicos pode ser claramente percebidos no dia a dia da população. Não tem como ter as contas desequilibradas e conseguir garantir bons serviços para as pessoas. A maior prova disso é a falta de médicos e remédios nos PSF’s, unidades de saúde fechadas, falta de vagas para crianças em creches e escolas, ônibus sucateados e tantos outro problema. É preciso um choque de gestão e ações emergenciais dos órgãos de controle para mudar essa grave realidade”, ressaltou.

As informações do Índice Firjam de Gestão Fiscal são baseadas em quatro indicadores, entre eles o excesso de gastos com pessoal e a dependência do repasse de recursos federais. A análise é feita a partir dos dados que as prefeituras são obrigadas a enviar ao Tesouro Nacional.

O gasto de pessoal da gestão municipal já havia chamado atenção de uma auditoria divulgada recentemente pelo Tribunal de Contas da Paraíba. O relatório da corte de contas revelou que João Pessoa registrou mais de 14 mil contratações temporárias, gerando um gasto mensal acima de R$ 58 milhões. Segundo o TCE-PB, os números representam mais de 20% de todos os servidores contratados de forma temporária por todas as 223 cidades paraibanas.

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