Alexandre Garcia é demitido da CNN após defender ‘tratamento precoce’ da Covid

Anderson Souza

Alexandre Garcia foi demitido da CNN Brasil nesta sexta-feira (24). O contrato do jornalista chegou ao fim após ele afirmar, mais uma vez, que a Covid-19 pode ser tratada precocemente por meio de medicamentos sem eficácia comprovada. O comunicador havia sido contratado pelo canal em julho de 2020.

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A informação sobre o desligamento de Garcia foi divulgada pelo canal por meio de uma nota enviada à imprensa.

“A decisão foi tomada após o comentarista reiterar a defesa do tratamento precoce contra a Covid-19 com o uso de medicamentos sem eficácia comprovada. O quadro Liberdade de Opinião continuará na programação da emissora, dentro do jornal Novo Dia. A CNN Brasil reforça seu compromisso com os fatos e a pluralidade de opiniões, pilares da democracia e do bom jornalismo”, declarou a CNN Brasil.

A demissão do jornalista aconteceu após ele comentar sobre denúncias feitas contra a operadora de saúde Prevent Senior, acusada de assediar médicos com o objetivo de incentivar o uso de medicamentos sem comprovação para o combate do coronavírus.

Durante o Liberdade de Opinião, Alexandre voltou a defender o “tratamento precoce”: “Os tais remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas sendo aplicados imediatamente, mesmo antes do resultado do teste. É na fase 1, na fase 2 às vezes evitam hospitalizações. Na fase 1 sempre evitam hospitalizações, sempre evitam sofrimento”, afirmou ele.

No mês passado, o jornalista já havia sido criticado por uma fala negacionista quando assegurou que crianças e adolescentes abaixo de 18 anos não precisavam se vacinar contra a Covid-19.  A âncora do CNN Novo Dia, Elisa Veeck, tinha questionado o comentarista sobre a recusa da Anvisa em liberar a Coronavac para aplicação em crianças e adultos e teve de corrigir a falsa informação que ele tentou passar.

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A jornalista rebateu os comentários do colega de empresa logo após a conclusão do Liberdade de Opinião. Para esclarecer a desinformação transmitida por Garcia, a emissora entrou em contato com o infectologista e presidente da Sociedade Brasileira e Imunizações Renato Kfouri.

“Segundo o médico, à medida que se previne mortes em adultos e idosos, os casos de hospitalização considerados graves serão entre os não vacinados. Ou seja, a proporção maior de casos graves irá acometer as pessoas que não tomarem a vacina. No caso das crianças, que eram de 0,35{65e92a32c7f9b25590cc2d61e04253d32060d95fb1e6b1b3851973306b5da30d}, poderão, sem a vacina, chegar a 15{65e92a32c7f9b25590cc2d61e04253d32060d95fb1e6b1b3851973306b5da30d}”, explicou Elisa na ocasião.

Assista ao vídeo:

Com UOL

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