As forças armadas israelitas e o Hezbollah têm vindo a trocar tiros há meses, mas, nas últimas horas, os ataques subiram de tom.
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Os últimos ataques ocorrem num momento em que se teme uma potencial escalada dos combates no Oriente Médio, que poderá levar a região a um conflito total.
As forças armadas israelitas afirmaram ter lançado “ataques preventivos” contra alvos do Hezbollah no Líbano, depois de terem identificado que o grupo militante se preparava para disparar mísseis e foguetes contra o território israelita.
Pouco depois do início do ataque, o Hezbollah afirmou ter lançado ataques contra Israel em retaliação pelo assassinato de um comandante militar de topo no mês passado. O grupo apoiado pelo Irã declarou que a “primeira fase” da sua resposta a Israel tinha terminado com “êxito total”.
Cerca de 200 rockets foram lançados do Líbano em direção a Israel, segundo as forças armadas israelitas.
O Hezbollah disse que esta fase se concentrou em atingir locais militares israelitas que o impediriam de interceptar uma segunda onda de ataques de drones que visa um “alvo desejado nas profundezas da entidade”, sem especificar qual é esse alvo.
Mais ainda, o grupo xiita libanês Hezbollah anunciou que o seu ataque contra objetivos militares israelitas, com ‘drones’ e foguetes, terminou por hoje e atingiu os seus objetivos.
Israel em estado de emergência militar
Entretanto, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou hoje estado de emergência militar. Em comunicado, o Ministério da Defesa afirmou que Gallant ativou uma “situação especial na frente interna” e acrescentou que a “declaração de estado de emergência permite ao exército dar instruções aos cidadãos de Israel, tal como limitar as reuniões e encerrar locais”.
As autoridades anunciaram restrições em todo o território a norte de Telaviv, limitando reuniões a 30 pessoas no exterior e a 300 no interior, além de estabelecerem a proibição de tomar banho em praias próximas da fronteira.
Os escritórios e os estabelecimentos de ensino podem continuar a funcionar desde que disponham de um abrigo anti-bombas nas proximidades.
Por sua vez, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje “fazer tudo” para assegurar a segurança e o regresso dos habitantes deslocados ao norte do país.
“Estamos determinados a fazer tudo para proteger o nosso país, trazer os habitantes do norte para as suas casas com toda a segurança e continuar a aplicar uma regra simples: quem quer que nos faça mal, nós far-lhe-emos mal”, disse Netanyahu no início de uma reunião do gabinete de segurança israelita.
Israel falou também com o homólogo norte-americano, Lloyd Austin, confirmando que o país lançou “ataques de precisão” contra o Líbano. Entretanto, o Pentágono assegurou que os EUA estão “prontos para apoiar” a defesa de Israel, numa altura em que o exército israelita lança bombardeamentos no Líbano para contrariar “um ataque em grande escala” lançado pelo movimento xiita Hezbollah.
As hostilidades começaram a 8 de outubro de 2023, um dia depois do início da guerra na Faixa de Gaza entre as forças de Telavive e o Hamas.
O Hezbollah integra o chamado “Eixo da Resistência”, uma coligação liderada pelo Irã de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestino Hamas e os rebeldes huthis do Iêmen.
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