Leite encontra Lula e pede ajuda para evitar demissões no Rio Grande do Sul

Anderson Souza

JULIA CHAIB E CATIA SEABRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), teve um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (5) e pediu ajuda para a manutenção dos empregos e a reposição de receitas no estado, atingido por uma tragédia climática.
Leite afirmou que é preciso ter um apoio do governo federal às empresas sob pena de uma série de demissões.

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“A maneira de resolver isso é ter um programa como na pandemia, em que o poder público faça o pagamento de parte dos salários e evite as demissões”, disse o governador em entrevista no Palácio do Planalto.

Leite solicitou também um programa de recomposição de rendas. “O governo e as prefeituras vão sofrer, como já sofreram em maio, junho, julho e nos próximos meses, uma queda muito forte da arrecadação, o que vai prejudicar a prestação de serviços à população do lado da arrecadação do Estado. A gente teve a suspensão da dívida, mas a suspensão da dívida é toda canalizada para a reconstrução.”

A demanda foi entregue ao presidente, junto com um ofício com as solicitações. A reunião teve a presença de outros governadores. Leite tinha a expectativa de se reunir a sós com o presidente.

Leite viajará ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (6) junto com Lula e espera que os dois possam conversar mais. O governador disse que ele solicitou a viagem conjunta e que o presidente ofereceu a carona no voo quase que simultaneamente.

Além do encontro com Lula, Leite vai à Câmara e ao Senado tratar de ajudas ao estado. O governador também afirmou que iria ao Ministério da Fazenda. Segundo aliados, porém, a agenda tanto na Fazenda como no Ministério do Trabalho foram canceladas.

Uma pessoa próxima do governador avalia que há má vontade do governo federal em recebê-lo, o que gera desconforto.

De acordo com Leite, há 500 mil empresas no estado -excetuando-se as individuais- das quais 35 mil estão em áreas alagadas e precisam de apoio.
Além disso, o governador citou que há uma perda grande de arrecadação tanto por parte do estado como dos municípios.

“[Nos] Meses de maio, junho e julho será de pelo menos R$ 3 bilhões a perda de arrecadação para o estado e para os municípios também”, comentou o governador.

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“E aí é que nós estamos insistindo. Além de eu ter a manutenção de emprego e renda a partir de medidas, como na pandemia foram adotadas, também pedimos uma medida de reposição de receitas, porque o ente federativo que tem capacidade e fôlego para isso é a União”, avaliou.

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