Veja qual pode ser o valor do teto do INSS em 2025

Anderson Souza

(FOLHAPRESS) – No início de cada ano, aposentados e pensionistas veem seus benefícios previdenciários serem reajustados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A correção é feita pela inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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O piso das aposentadorias é vinculado ao salário mínimo e têm reajuste real, acima da inflação. Projeções da Genial Investimentos apontam que o mínimo pode chegar a R$ 1.508,66 em 2025, enquanto o teto dos benefícios pode chegar a R$ 8.092,54.

As projeções dos especialistas são diferentes das divulgadas pelo governo, que prevê um salário mínimo de R$ 1.502 no próximo ano. Os valores foram calculados a pedido da reportagem. O reajuste é dado para minimizar os impactos da inflação na renda dos beneficiários.

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Os beneficiários receberão o reajuste na competência de janeiro, ou seja, nos valores recebidos no fim do primeiro mês do ano e no início de fevereiro de 2025.

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Na data, aposentados e pensionistas poderão verificar o novo salário por meio do site e do aplicativo Meu INSS. Após o login, deve clicar no serviço “Extrato de Pagamento”, onde poderá verificar o valor e a data de recebimento.

Só receberá o valor completo do reajuste quem já recebia o benefício em janeiro de 2024. Aqueles que passaram a receber o salário neste ano, ganhará o reajuste conforme a inflação calculada nos meses correspondentes.

O reajuste é calculado usando a inflação acumulada durante o último ano usando o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que verifica a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos.

Nas projeções da Genial Investimentos, a inflação acumulada deve ser de 3,94% neste ano, enquanto a SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda projeta um acúmulo de 3,25%.

Estes grupos são mais impactados pelas variações dos preços, pois tendem a gastar seu rendimento em transporte, alimentação e medicamentos, segundo o IBGE .

Apesar de todos os beneficiários receberem o reajuste, o impacto na renda será maior para aqueles que recebem o valor mínimo. Desde a aprovação de novas diretrizes para a valorização do salário mínimo em 2023, a remuneração passa a receber um aumento que soma a inflação e o crescimento da economia.

Na prática, o aumento se traduz na soma do INPC acumulado do ano anterior e a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos atrás. Quem recebe mais do que o valor mínimo do benefício, terá o salário corrigido apenas segundo o crescimento da inflação no ano anterior.

As projeções utilizam cálculos da Warren Investimentos, que divergem das projeções macroeconômicas atuais do governo. Enquanto a Warren prevê um acúmulo anual do INPC de 3,70%, o Ministério da Fazenda prevê a taxa em 3,25%.

A configuração atual dos reajustes é criticada por aposentados e pensionistas, sobretudo aqueles que recebem valores acima do salário mínimo. Segundo o Sindinapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), o reajuste não é suficiente para cobrir o ônus causado pela variação de preços, e ano a ano, aposentados entram na faixa do salário mínimo para receber maior correção.

Em entrevista à reportagem, o presidente do sindicato, Milton Cavalo, destacou que as faixas mais atingidas pela defasagem dos reajustes são aquelas que ganham um valor próximo do salário mínimo, mas não recebem a correção do piso.

Há propostas legislativas inspiradas pela insatisfação dos beneficiários: sindicatos e centrais sindicais apoiam o projeto de lei 1.468, que prevê a criação de um adicional de 5% nas aposentadorias e pensões do INSS a cada cinco anos.

Redigida pelo deputado Pompeu de Mattos (PDT-RS), a proposta modifica a lei 8.213, de 1996, que trata dos planos de benefícios da Previdência Social. O projeto garantiria o aumento de 5% a cada quinquênio (cinco anos) para todos os beneficiários do INSS, incluindo aquele que recebem o salário mínimo.
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Faixa do benefício – 2023 – 2024 – 2025
Faixa 1 (salário mínimo) – R$ 1.320,00 – R$ 1.412,00 – R$ 1.508,66
Faixa 2 – R$ 1.500,00 – R$ 1.555,00 – R$ 1.616,89
Faixa 3 – R$ 2.000,00 – R$ 2.074,20 – R$ 2.155,86
Faixa 4 – R$ 2.500,00 – R$ 2.592,75 – R$ 2.694,82
Faixa 5 – R$ 3.000,00 – R$ 3.111,30 – R$ 3.233,79
Faixa 6 – R$ 3.500,00 – R$ 3.629,85 – R$ 3.772,75
Faixa 7 – R$ 4.000,00 – R$ 4.148,40 – R$ 4.311,71
Faixa 8 – R$ 4.500,00 – R$ 4.666,95 – R$ 4.850,68
Faixa 9 – R$ 5.000,00 – R$ 5.185,50 – R$ 5.389,64
Faixa 10 – R$ 5.500,00 – R$ 5.704,05 – R$ 5.928,61
Faixa 11 – R$ 6.000,00 – R$ 6.222,60 – R$ 6.467,57
Faixa 12 – R$ 6.500,00 – R$ 6.741,15 – R$ 7.006,54
Faixa 13 – R$ 7.000,00 – R$ 7.259,70 – R$ 7.545,50
Faixa 14 – R$ 7.500,00 – R$ 7.778,25 – R$ 8.084,47
Faixa 15 (teto) – R$ 7.507,49 – R$ 7.786,02 – R$ 8.092,54

Leia Também: Projeção de PIB 2024 sobe de 2,05% a 2,09%, indica Focus

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