O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que se reunirá nesta quinta-feira, 21, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do pacote de corte de gastos. O anúncio das medidas para conter as despesas e cumprir o arcabouço fiscal é esperado há semanas pelo mercado financeiro. O ajuste fiscal é visto como essencial por agentes econômicos para o governo passar uma imagem de compromisso com as contas públicas.
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“Tenho reunião amanhã com o presidente”, respondeu Haddad, ao ser questionado na sede do ministério sobre o pacote. O ministro estava a caminho do Palácio do Itamaraty, onde participará, juntamente com Lula e outros integrantes do governo, de um jantar com o presidente da China, Xi Jinping, que está em Brasília.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) nesta terça-feira, 19, o anúncio do pacote pode ficar para a semana que vem, justamente porque ainda há reuniões que precisam ser feitas com Lula para acertar detalhes sobre de onde poderá sair a redução das despesas.
O anúncio era esperado inicialmente para ser feito logo após as eleições municipais. Depois, a expectativa passou para dias antes do início do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), que ocorreu no Rio. Agora, está para os próximos dias. Mesmo assim, tudo depende do ritmo de Lula.
A reportagem apurou que um dos ministros que mais demonstraram resistência em relação ao pacote fiscal nas últimas semanas foi o chefe do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. O ministro, porém, nega em público qualquer preocupação sobre o tema.
Integrantes do Palácio do Planalto e de alguns órgãos da Esplanada acreditam que o pacote pode até sair nesta semana, mas reiteram que depende “do tempo do presidente”. Lula é conhecido por ficar ruminando decisões importantes do governo. Um dos exemplos é a troca de ministros: o petista costuma demorar semanas e até meses para oficializar os nomes.
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