Entre 2013 e 2014, durante o governo de Ricardo Coutinho, o programa Empreender Paraíba atraiu muitos profissionais da imprensa interessados em modernizar suas atividades. Contudo, as dificuldades econômicas e a instabilidade do mercado impediram boa parte desses profissionais de manter os pagamentos dos empréstimos em dia. O resultado foi o acúmulo de juros e multas, fazendo com que as dívidas aumentassem significativamente.
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Um exemplo ilustra a situação: um profissional que contraiu um empréstimo de R$ 7.800,00 enfrenta atualmente uma cobrança de R$ 25.309,42, composta por:
- Valor principal corrigido: R$ 17.227,16
- Correção: R$ 5.553,59
- Juros de 1%: R$ 227,81
- Honorários advocatícios: R$ 2.300,86
Porém, os profissionais alegam que o valor corrigido não reflete adequadamente o montante original e questionam a metodologia aplicada na atualização.
Somente em Campina Grande, cerca de 600 pessoas encontram-se nessa situação. Apesar da disposição para regularizar as dívidas, os profissionais enfrentam diversos obstáculos, como burocracia e falta de abertura por parte do Governo do Estado para negociar condições mais acessíveis. Até o momento, não há sinais de um programa de refinanciamento ou renegociação que alivie a pressão financeira.
A ausência de medidas que favoreçam os pequenos empreendedores resultou em bloqueios de contas e ameaças de execução fiscal, dificultando ainda mais a situação. Profissionais relatam que buscaram negociar antes que as dívidas fossem judicializadas, mas encontraram insensibilidade e condições que tornavam os pagamentos inviáveis.
Para muitos, o aumento desproporcional das cobranças e a falta de soluções evidenciam a falta de compromisso do governo estadual com os pequenos empreendedores — justamente o público-alvo do programa Empreender Paraíba.
VEJA A SIMULAÇÃO DE UM PROFISSIONAL: