A Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela segurança de Brasília, informou ter encontrado artefatos explosivos em uma casa alugada por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, autor do ataque com explosões contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira.
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As explosões, que ocorreram na noite de quarta-feira nas proximidades do STF, resultaram na morte de Wanderley Luiz, que era identificado como membro do Partido Liberal (PL), liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a PMDF, os explosivos foram localizados durante uma operação em uma residência na cidade de Ceilândia, próxima a Brasília, onde o autor do ataque residia. Durante a madrugada, ruídos de novas explosões controladas foram ouvidos no local, procedimento padrão das autoridades para desativar materiais potencialmente perigosos.
A Polícia Federal também esteve na residência de Wanderley Luiz e encontrou uma mensagem escrita em um espelho, fazendo alusão aos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram os prédios dos Três Poderes.
A mensagem dizia: “Débora Rodrigues, por favor não desperdice batom, isso é para deixar as mulheres bonitas. Estátua de merda se usa TNT [material explosivo]”, conforme divulgado pela imprensa. Débora Rodrigues foi acusada de vandalizar a estátua da Justiça em frente ao STF durante os ataques de janeiro.
O STF foi um dos alvos principais dos ataques, ao lado do Palácio do Planalto e do Congresso, em um episódio que o Poder Judiciário investiga como uma tentativa de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apenas oito dias após sua posse, após vencer Bolsonaro nas eleições.
As autoridades também informaram que todos os explosivos trazidos por Wanderley Luiz foram desativados com sucesso. Durante a ação, um robô identificou um cinto com explosivos amarrado ao corpo do agressor, permitindo que um agente especializado o retirasse e desativasse os dispositivos, que estavam conectados a um temporizador.
O corpo de Wanderley Luiz permaneceu na Praça dos Três Poderes por cerca de 13 horas e foi removido pela manhã. Nas redes sociais, ele seguia páginas de extrema-direita, como Movimento Avança Brasil, Espaço Enéas Carneiro, Brasil Paralelo, Jornal da Cidade Online, Jair Messias Bolsonaro e Olavo de Carvalho.
O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou o incidente nas redes sociais, lamentando e repudiando “todo e qualquer ato de violência, a exemplo do triste episódio de ontem [quarta-feira] na Praça dos Três Poderes”. Ele defendeu a pacificação do país, afirmando que “já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente de confronto pacífico de ideias, onde a força dos argumentos prevaleça sobre o argumento da força”.
Até o momento, o Governo Federal não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. Em Brasília, o STF e a Câmara dos Deputados suspenderam as atividades pela manhã, enquanto o Senado interrompeu os trabalhos ao longo de todo o dia.
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