O diretor de Planejamento do BNDES, Nelson Barbosa, disse que o banco de fomento já recebeu cerca de R$ 30 bilhões em consultas para projetos no bojo do Fundo Clima para os próximos três anos. O executivo acrescentou que, se houver organização, podem ser apoiados projetos que se sustentam, inicialmente, com a taxa mais favorecida e que promovem a transição climática de modo justo.
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Barbosa participa nesta segunda-feira, 20, de reunião, na sede do banco de fomento, sobre financiamento climático entre bancos públicos de desenvolvimento e representantes do G20, grupo das principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana.
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O executivo comentou também que o País enfrenta um grande desafio no Rio Grande do Sul e afirmou que os eventos climáticos no Estado vão requerer linhas de crédito para reconstrução. “Precisamos pensar em linhas para perdas e danos de eventos climáticos”, acrescentou.
Barbosa abordou ainda os desafios para ampliar os investimentos em infraestrutura e apoiar a nova industrialização brasileira e também para desenvolver a infraestrutura social, na qual, disse, os desafios são maiores porque envolvem investimentos em saúde e educação.
“Temos de repensar a inserção internacional do Brasil nas cadeias globais e nas cadeias de valor”, afirmou.
No mesmo evento, a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, afirmou que o Brasil, na presidência do G20, se focou em prioridades voltadas a soluções. “Quando estabelecemos prioridades do Brasil para o G20, tínhamos a ideia de que devia ser baseada em soluções.”
Rosito disse que a presidência brasileira no G20 está fazendo uma mudança nas forças tarefas, com restabelecimento de metas financeiras. “A força-tarefa sobre clima traz uma nova maneira de olhar para obstáculos e desafios à frente.”
A secretária acrescentou que a infraestrutura resiliente é uma das prioridades que o Brasil estabeleceu nos grupos de trabalho do G20 e frisou: “Infraestrutura resiliente depende de financiamento, mobilização, interação, boa avaliação”.
O presidente da Finance in Common (FiCS), Rémy Rioux, disse que poderia ser proposta uma estrutura global de acreditação única e exigente para dar acesso fácil a fundos e destacou que o G20 pode adotar uma “linguagem mais forte” sobre clima para a declaração do grupo no fim deste ano. “Vamos trabalhar numa estrutura financeira inovadora para biodiversidade e clima.”