Colaboração acadêmica sobre o clima foi assinada na COP 27

Anderson Souza

Durante a COP 27 foi assinada a colaboração acadêmica triangular. Esse memorando de entendimento assinado na conferência sobre o clima em Sharm el-Sheikh entre a Universidade de Haifa, a Universidade Khalifa, a Universidade dos Emirados Árabes Unidos e o GEOMAR Helmholtz Center for Ocean Research Kiel, tem cinco anos e busca desenvolver e fomentar as informações e pesquisas, como estratégias de redução de danos nos ecossistemas do Mediterrâneo Oriental e do Golfo Pérsico.

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O memorando foi assinado no contexto do entendimento comum de que os oceanos e mares enfrentam uma variedade de pressões relacionadas às mudanças climáticas e à poluição.

O Mediterrâneo Oriental e o Golfo Pérsico são ambientes marinhos muito afetados pelo aquecimento do oceano, falta de oxigênio, depósito de poeira, expansão das instalações de dessalinização da água do mar, exploração de recursos energéticos do mar profundo, navegação intensiva, espécies invasoras, aquicultura, expansão do turismo e das crises geopolíticas.

Para o Prof. Ron Robin, Presidente da Universidade de Haifa, a colaboração tripla expandirá a parceria existente entre GEOMAR e a Universidade de Haifa e fortalecerá a cooperação regional, sendo um passo importante em sustentabilidade ambiental e marinha. “O projeto contribuirá significativamente para a compreensão dos sistemas marinhos e construirá pontes entre as nações. Sentimos que fizemos história e garantimos um futuro”, comenta.
A parceria vai combinar o conhecimento, experiência e infraestrutura de todos os parceiros, de forma a estudar as consequências destes efeitos e atuar na redução de danos e adaptação em diferentes áreas.
Segundo a Prof. Ilana Berman-Frank, diretora da Charni School of Marine Sciences: “O mar afeta o clima da Terra mais do que qualquer outro fator e o ambiente marinho é o mais afetado pelas mudanças climáticas. O futuro da Terra está no mar, na compreensão do sistema marinho e das mudanças que ocorrem nele. Como cientistas, construímos pontes de ciência, bem como colaborações transfronteiriças”, comenta.
A taxa de aquecimento da água no Mediterrâneo oriental e no Golfo é uma das mais rápidas do mundo, com consequências para os ecossistemas e a absorção de CO2. As áreas próximas ao mar são fortemente industrializadas e urbanizadas, e enfrentam crescente deposição de poeira e ondas de calor que afetam seus ecossistemas, incluindo os recifes de coral.
O projeto usará tecnologias avançadas de observação oceânica, como veículos subaquáticos, novas câmeras, sensores químicos e modelos de ecossistemas marinhos e integrará os dados para prever respostas futuras no oceano, bem como insights sobre os processos atuais na coluna de água e fundo do mar, e desenvolver modelos para descobrir como será o futuro do Mediterrâneo e do Golfo Pérsico.

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